13/09/2021 - 19:20
Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) – Os agricultores de Mato Grosso deram a largada nas vendas antecipadas para a safra 2022/23, que será plantada somente a partir de setembro do ano que vem, com negócios fechados para a soja e algodão, disse nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A comercialização de soja atingiu 1,23% da produção esperada para 2022/23, ante 3,58% no mesmo período do ciclo anterior e média histórica de 0,72%, mostraram os dados.
Em boletim à parte, o instituto afirmou que esta é a segunda temporada com as vendas mais antecipadas da história do Estado, atrás apenas do início de negociações da oleaginosa para 2021/22.
No algodão, o Imea informou que 3,62% da produção esperada para o próximo ciclo já foram comercializados. Não há registros de vendas tão antecipadas da pluma na safra de 2021/22 e na média histórica para este período a comercialização ainda não teria começado.
Sem citar especificamente a safra 2022/23, o instituto disse em boletim separado que os preços internacionais e a firme demanda estão impulsionando o fechamento de negócios no mercado de algodão.
SAFRA 2021/22
Para a temporada de 2021/22, cujo plantio começa nesta semana, os produtores venderam 39,5% da produção esperada para a soja, volume que está muito aquém dos 55,91% registrados um ano antes, mas supera os 31,82% da média histórica.
“O progresso na comercialização foi o menor dos últimos meses, com os negócios perdendo força devido à cautela dos players com a aproximação da semeadura do grão”, disse o instituto em boletim.
Para o algodão, a comercialização de 2021/22 alcançou 40,29%, ante 38,1% no mesmo período do ciclo anterior e média histórica de 46,93%.
O Imea afirmou que houve um avanço de 5,69 pontos percentuais nas vendas da pluma no comparativo mensal, pautado pelo aumento de preço na bolsa de Nova York.
“O alto patamar do dólar em conjunto com a forte demanda no período, impulsionou o preço médio do ciclo 21/22 em MT —valorização mensal de 1,76%”, pontuou o instituto.
Já para o milho, o levantamento apontou comercialização de 30,87% da safra 2021/22, versus 50,92% um ano antes e média de 25,46% para os últimos cinco anos.
“Vale frisar que, com grande parte dos insumos já adquiridos, os produtores diminuíram o ritmo das negociações (de milho), buscando evitar comprometer a sua produção a preços menores que os esperados para a safra, assim como ocorreu na safra 20/21.”
(Por Nayara Figueiredo)