23/07/2025 - 20:25
A Mattel avaliou que conseguiu ter melhor visibilidade para o segundo semestre do ano e reapresentou projeções para seu desempenho anual, ainda que espere um 2025 mais fraco.
A fabricante dos baralhos Uno e das bonecas Barbie afirmou em maio que era muito difícil prever seu desempenho para o restante do ano em meio ao espectro de tarifas abrangentes. Ao mesmo tempo, planejava acelerar os esforços para transferir mais de sua produção para fora da China, bem como aumentar os preços dos brinquedos americanos.
Agora, a empresa projetou um custo mais ameno associado a tarifas, além de informar que não planeja mais aumentos de preços nos EUA, uma vez que já fez os ajustes necessários.
O CEO da distribuidora de brinquedos e jogos, Ynon Kreiz, afirmou que as tarifas não prejudicarão as operações tanto quanto se temia inicialmente. A empresa espera incorrer em menos de US$ 100 milhões em custos relacionados a tarifas este ano, abaixo da estimativa anterior de cerca de US$ 270 milhões.
A Mattel avaliou que está suficientemente confiante para restabelecer sua projeção anual de lucros, embora em um nível inferior ao projetado anteriormente. Para o ano, a empresa espera um lucro ajustado por ação de US$ 1,54 a US$ 1,66, abaixo da projeção anterior de US$ 1,66 a US$ 1,72. As vendas líquidas devem crescer de 1% a 3%, em comparação com a previsão anterior de 2% a 3%.
Wall Street espera um lucro ajustado de US$ 1,64 por ação, com aumento de 1,3% nas vendas, de acordo com a FactSet.
O trimestre recente da Mattel foi prejudicado por atrasos nos pedidos por parte dos varejistas, disse Kriez, embora tenha acrescentado que a empresa espera atender à maior parte desses pedidos durante o restante do ano.
A distribuidora dos produtos Barbie transferiu parte de sua produção para fora da China e reduziu custos, estimando economizar US$ 200 milhões até o final do próximo ano.
Apesar de uma queda na receita trimestral e um declínio nas vendas de algumas de suas principais marcas, a Mattel acredita que as vendas de final de ano serão boas, já que pesquisas internas mostram que os consumidores planejam fazer gastos similares ou maiores do que os do ano anterior.