29/10/2021 - 12:50
A repercussão em torno da polêmica causada pelo jogador de vôlei Mauricio Souza continua. Depois de o atleta ser cortado da seleção brasileira e demitido do Minas Tênis Clube por declarações consideradas homofóbicas, um grupo de 20 parlamentares de 13 estados e sete partidos, que representa a população LGBTQIA+, vai encaminhar um representação contra o jogador ao Ministério Público de Minas Gerais.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, assinam o ofício o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), os deputados federais Leci Brandão (PC do B-SP), David Miranda (PSOL-RJ), Vivi Reis (PSOL-PA), Fábio Félix (PSOL-DF), Robeyonce Lima (PSOL-PE) e das vereadoras Erika Hilton (PSOL-SP), Monica Benício (PSOL-RJ), Linda Brasil (PSOL-SE), Duda Salabert (PDT-MG), Bella Gonçalves (PSOL-MG), Thabatta Pimenta (Pros-RN) e Benny Briolly (PSOL-RJ).
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No pedido consta uma ação penal pública contra Mauricio por incitação ao preconceito e discriminação homotransfóbica e uma indenização por dano moral coletivo de R$ 50 mil.
O atleta de 33 anos criticou um anúncio da DC Comics no qual o filho do Super-Homem descobre-se bissexual nos quadrinhos. Depois de ser criticado e pressionado nas redes sociais (sem contar a pressão de patrocinadores sobre o time), Mauricio pediu desculpas. Mas acabou reafirmando seu posicionamento, o que culminou com a rescisão de seu contrato com o clube que defendia.
Diversas personalidades entraram no debate público: o jogador Felipe Melo e o senador Flávio Bolsonaro apoiaram Mauricio. Do outro lado, o jogador foi criticado por companheiros do vôlei e até pelo comentarista Walter Casagrande, cuja crítica tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (29).
“É crime. É covardia. E é mau-caratismo. Principalmente e especificamente o Maurício Souza. E eu estou falando com propriedade, porque ele foi mau-caráter comigo. Então, para mim, ele é mau-caráter”, declarou Casagrande em programa exibido pela SporTV.
