O Ministério da Educação (MEC) está divulgando vídeo-aulas sobre a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) feitas em parceria com o YouTube e o professor Noslen Borges.

A ideia, segundo o influenciador, que tem 5,4 milhões de seguidores, é dar a “chancela” do MEC para conteúdos de preparação para a prova, sem privilégio de informação. O ministério é o responsável pelo exame, que ocorre nos dias 9 e 16 de novembro.

“Não falamos sobre temas de redação, usamos materiais que já estão disponíveis, analisando as cinco competências cobradas na prova e mostrando o que deve ser feito ou não para ter uma boa nota”, diz Noslen. O influenciador não recebeu cachê pelo trabalho.

O YouTube entrou com a logística, o estúdio e a edição dos seis vídeos que podem ser acessados no canal do MEC na plataforma.

A parceria começou por acaso, quando Noslen participou de um evento em Brasília, e integrantes do ministério gostaram do seu perfil. Há mais de cinco anos, o professor de Português largou sete empregos, em escolas e cursinhos, para se dedicar somente às aulas online. Seu canal hoje é o maior dedicado à língua portuguesa do País. Noslen já ganhou o prêmio YouTube Educação por seu trabalho com educação midiática.

Segundo o MEC, a iniciativa “democratiza o acesso a conteúdos preparatórios” para o Enem, que é a maior porta para o ensino superior no Brasil. O governo lançou também recentemente o aplicativo MEC Enem, com simulado, correção automatizada e assistente virtual.

“A parceria coincide com os valores do YouTube, como a democratização da informação e com a constatação de que muita gente usa a plataforma para aprender”, afirmou a líder da vertical de educação do YouTube Brasil, Amanda Berezoski.

Segundo pesquisa feita pela Oxford Economics no ano passado, 80% dos usuários concordam que o YouTube dá oportunidades iguais para todos aprenderem e crescerem. E 74% dos professores afirmam que a plataforma é uma ferramenta que ajuda os alunos a aprender.