19/01/2022 - 20:16
RIO DE JANEIRO (Reuters) -O aumento de casos de Covid-19 provocado pela altamente transmissível variante Ômicron fez a média de infecções de 7 dias do Brasilia atingir o maior patamar desde o início da pandemia, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.
A média móvel de 7 dias chegou a 99.974 nesta quarta-feira, depois que foram registrados 204.854 novos casos em 24 horas — novo recorde diário desde o início da pandemia em março de 2020.
A média saltou mais de 700% em duas semanas, passando de 12.467 em 5 de janeiro para os quase 100 mil desta quarta.
O total de infecções confirmadas no país está em 23.416.748 e especialistas alertam para subnotificação no país devido à falta de testes, que se agravou com o avanço da Ômicron nas últimas semanas.
A alta na média de casos, no entanto, não se reflete nas estatísticas de óbitos, uma vez que a taxa de vacinação do país está avançada, além de a Ômicron aparentemente ser menos letal do que variantes anteriores.
A média de óbitos em 7 dias ficou em 212 nesta quarta, muito inferior ao pico de 3.124 atingido em abril do ano passado, de acordo com o painel de dados da Covid do Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos Estados (Conass).
Ainda assim, a nova média de mortes é a maior desde o início de dezembro, segundo os dados do Conass.
A variante Ômicron também tem provocando transtornos em diversos setores da economia e forçou Estados e municípios a restabeleceram medidas de restrição na tentativa de evitar um novo colapso no sistema de saúde.
(Por Pedro Fonseca; Edição de Alexandre Caverni e Aluísio Alves)