Após o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir o ritmo de corte dos juros, o mercado elevou da Selic para 2024 para 9,75%, ante 9,63% na última semana. Há um mês, o patamar era de 9,13%. Considerando apenas as 56 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 seguiu em 9,75% ao ano.

O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Há grande expectativa pela ata, que será divulgada amanhã, já que não houve grandes justificativas sobre a divisão nem sinalização sobre os próximos passos.

Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Considerando apenas as 55 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano.

Para 2026, a projeção passou de 8,75% para 9,00%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa passou de 8,50%, onde ficou por 39 semanas, para 8,63%.