A mediana das previsões do mercado financeiro no relatório Focus do Banco Central para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,63% para 4,71%, acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,59%. Considerando apenas as 72 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,64% para 4,82%.

A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,34% para 4,40%, mais próxima do teto da meta, de 4,50%, do que do centro, de 3%.

A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.

Considerando as 72 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 4,49% para 4,39%.

A mediana para a inflação de 2026 subiu de 3,78% para 3,81%, distanciando-se do centro da meta pela quinta semana seguida. A projeção para 2027 reduziu-se marginalmente, de 3,51% para 3,50%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 3,60% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,75 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).

Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,60% e desacelere a 3,90% em 2025.