DOHA (Reuters) – O meia holandês Davy Klaassen elogiou o gesto feito como protesto pela seleção da Alemanha, e sugeriu que sua equipe e seus companheiros também podem planejar algo na Copa do Mundo do Catar para destacar os direitos humanos e a campanha “OneLove”, em solidariedade à comunidade LGBT.

Os jogadores da equipe titular da Alemanha cobriram suas bocas durante a foto da equipe antes da partida pelo grupo E contra o Japão nesta quarta-feira, enquanto permanece a disputa sobre as possíveis sanções que a Fifa pode aplicar por conta do eventual uso da braçadeira “OneLove”.

Todos os jogadores alemães participaram do gesto diante de dezenas de fotógrafos em campo antes do início da partida, após a entidade que comanda o futebol mundial ameaçar sete seleções europeias com sanções caso utilizassem a braçadeira que simboliza diversidade e tolerância.

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“Eu acho que foi uma expressão legal da Alemanha”, disse Klaassen em entrevista coletiva no centro de treinamento da Holanda no Catar, horas depois do protesto dos alemães.

“É claro, também estávamos pensando em fazer uma manifestação como grupo”, acrescentou.

“Precisa ser feito de uma forma boa e cativante. A Alemanha encontrou uma maneira original para expressar o ponto de vista deles.”

Uma nota da Federação Alemã de Futebol (DFB) afirmou: “Queríamos usar nossa braçadeira de capitão para defender os valores que mantemos na seleção alemã: diversidade e respeito mútuo. Junto com outras nações, queríamos que nossa voz fosse ouvida”.

“Não se tratava de fazer uma declaração política –os direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser garantido, mas ainda não é o caso. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Negar o uso da braçadeira é o mesmo que negar que tenhamos uma voz. Mantemos nossa posição.”

A homossexualidade é ilegal no Catar.

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