Com a volatilidade dos mercados em pleno vapor, graças ao terror sanitário que se desenrolou em todo o planeta, o mercado de derivativos negociados fora do ambiente auditado e organizado das Bolsas, o chamado mercado de balcão, saltou dos US$ 300 bilhões para US$ 15,8 trilhões entre meados do segundo trimestre de 2020 – quando teve início a pandemia – e dezembro.

Um levantamento feito pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), mostrou que esse aumento foi liderado por operações nos derivativos de câmbio, graças à desvalorização do dólar frente as principais moedas do planeta.

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Derivativos cambiais tiveram maior demanda para proteção de patrimônio e tiveram o valor de mercado elevado em 21% no segundo semestre, fechando o ano passado em US$ 3,2 trilhões.

No caso do mercado de derivativos vinculados a ações, o valor de mercado cresceu mais de 28%, para US$ 840 bilhões no segundo semestre, maior nível desde 2010. A explicação fica por conta da alta nos preços de ações das principais Bolsas pelo mundo, que, mesmo após quedas gigantescas em março e abril, se recuperaram e atingiram máximas históricas poucos meses depois.