29/09/2025 - 10:49
Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, o Mercado Livre segue como a companhia mais valiosa da América Latina, com valor de mercado de US$ 127,3 bilhões. A companhia argentina teve um ganho de US$ 41 bilhões de valor de mercado desde dezembro de 2024 – e mesmo à época, se manteve no topo do ranking de empresas mais valiosas da região.
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Com expansão geográfica, resultados acima do esperado e inovação, a empresa não só se recuperou de uma queda ao fim de 2024 mas ampliou sua liderança – e agora vale sozinha quase tanto quanto todas as empresas listadas na bolsa de valores do Peru.
Logo atrás do Mercado Livre, aparecem no ranking Petrobras e Nubank, com US$ 83 bilhões e US$ 77 bilhões, respectivamente. Desta forma, o pódio de empresas mais valiosas da América Latina segue inalterado há 12 meses.
Todavia, o Itaú Unibanco ocupava a 5ª posição do ranking no fim de 2024, mas subiu uma posição, agora com valor de mercado de US$ 74 bilhões.
Segundo a Elos Ayta, esse movimento reflete a confiança dos investidores no setor bancário brasileiro, impulsionado também pelo salto do BTG Pactual, que saiu da 13ª posição em 2024 para a 9ª colocação em 2025, um avanço que simboliza a consolidação do banco como potência regional em gestão de patrimônio e mercado de capitais.
Outro destaque é o Bradesco, que saiu do 16º lugar para o 12º, recuperando espaço entre empresas do segmento financeiro.
A maior escalada ficou com a Eletrobras, que saiu da 24ª posição em setembro de 2024 para a 19ª em setembro de 2025 – em uma trajetória de ganho de valor em meio a reformas societárias, melhoria de governança e planos de expansão.
Veja quem caiu no ranking de maiores da América Latina
A Weg, uma das principais exportadoras industriais do Brasil, teve o maior recuo absoluto, com queda de US$ 13,5 bilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses, fazendo a empresa sair da 9ª posição para a 13ª no ranking – na esteira de resultados piores do que as expectativas do mercado e um cenário mais desafiador para empresas de bens de capital.
O Banco do Brasil também sentiu a pressão e foi a empresa com maior queda relativa de posição, saindo do 12º lugar para o 17º em 12 meses, também refletindo resultados que decepcionaram o mercado e em um ambiente de maior concorrência digital e margens pressionadas.
Fora do Brasil, no México, o Walmart de México, que já ocupou a 4ª colocação, caiu para a 7ª posição no ranking, em uma queda atrelada a mudanças nos comportamentos de consumo e inflação.
A Vale, empresa mais representativa do Ibovespa, caiu uma posição desde o fim de 2024, para o número oito do ranking, com US$ 46 bilhões de valor de mercado.
Mercado Livre vale 14% do ranking
Segundo o levantamento, o valor de mercado consolidado das 20 maiores empresas latino-americanas saiu de US$ 823,8 bilhões em setembro de 2024, recuou para US$ 666,6 bilhões em dezembro de 2024 e disparou para US$ 909,9 bilhões em setembro de 2025.
A recuperação de US$ 243 bilhões desde o fundo de dezembro mostra uma reprecificação de expectativas por parte dos investidores.
Com isso, o Mercado Livre, que lidera o ranking, corresponde a 14% do valor de mercado total das 20 maiores empresas da América Latina.