Pesquisa Genial Quaest feita com 101 agentes do mercado financeiro aponta que a avaliação do governo Lula piorou, mas que o ministro Fernando Haddad está mais forte que no início do governo. 

O levantamento foi feito com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em São Paulo e no Rio de Janeiro entre 14 e 19 de março. A avaliação negativa do governo subiu de 52% em novembro de 2023 para 64% em março. Os que consideram o governo regular caiu de 39% para 30% e os que aprovam foi de 9% para 6%. 

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Já a avaliação do ministro da Fazenda Fernando Haddad subiu no período. Os que aprovam o seu trabalho subiu de 43% para 50%. Já quem considera o trabalho regular subiu de 33% para 38% e os que desaprovam caiu de 24% para 12%. 

Para 51% Haddad está mais forte hoje do que no início do governo. 35% consideram que está igual e 14% acham que ele está mais fraco do que no início do terceiro governo Lula. 

Intervencionismo é o maior risco para o governo

Na esteira da decisão do governo de não pagar os dividendos extraordinários da Petrobras, 50% consideram que o intervencionismo na economia é o principal problema do governo na área econômica. O estouro da meta fiscal foi apontado como o principal vilão para 23%. 

97% dos entrevistados consideram errada a decisão da Petrobras de não distribuir os dividendos extraordinários. 52% acreditam que eles serão distribuídos até o final do ano. 

Maioria vê economia na direção errada

Apesar de ter oscilado para baixo, a maioria dos agentes financeiros enxergam a economia indo na direção errada. Na pesquisa de março este número foi de 71%, contra 73% em novembro. 

Por outro lado, melhorou o cenário que os entrevistados enxergam para a economia nos próximos 12 meses. O índice dos que acreditam que a economia vai piorar caiu de 55% para 32%. Já os que acreditam que ela vai permanecer da mesma forma subiu de 24% para 47% desde novembro. 21% acreditam que a economia vai melhorar, mesmo índice da última pesquisa. 

Governo preocupado com inflação

Para a maioria dos entrevistados (51%) o governo se mostra preocupado com o combate à inflação. 49% acreditam que não. Essa é a primeira vez que a avaliação positiva do mercado superou a negativa.

46% acham que a inflação de 2024 será menor que a de 2023. 36% responderam que vai se manter semelhante e 19% acreditam que vai aumentar. 

Por fim, a maioria dos entrevistados (58%) pensam que o PIB vai crescer dentro da expectativa do mercado de 1,78%. 32% acreditam que a economia pode crescer mais em 2024 e 10% que o PIB vai crescer menos.