30/06/2025 - 9:08
Os analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a inflação brasileira neste ano pela quinta semana consecutiva e também diminuíram a projeção para a cotação do dólar para o fim de 2025, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central.
O levantamento, que capta semanalmente a percepção de uma centena de analistas do mercado financeiro, aponta que a previsão para o IPCA ao fim deste ano passou para 5,20, ligeiramente abaixo da projeção de ganho de 5,24% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira segue em 4,50%.
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O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As mudanças ocorreram na esteira da divulgação de números do IPCA-15 de junho na quinta-feira, que desacelerou para 0,36% em maio e para 5,27% em 12 meses.

Dólar
Para o câmbio, a expectativa para o preço do dólar no final de 2025 caiu a R$ 5,70, de R$ 5,72 anteriormente, enquanto que para o fim de 2026 a projeção de cotação recuou para R$ 5,79, ante R$ 5,80 há uma semana.
A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 11,2% neste ano.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
PIB e Selic
Em relação ao crescimento da economia brasileira, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 ficou inalterada em 2,21%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento subiu para 1,87%, ante 1,85% na semana anterior.
Já para a taxa básica de juros, houve manutenção na expectativa de manutenção da Selic em 15% ao final de 2025. Para 2026, a previsão é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 22ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic se encontra em 15,00% ao ano.
Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) elevou a Selic em 0,25 ponto, a 15,00% ao ano, indicando ainda que pode interromper o ciclo de altas já na próxima reunião, mas que não hesitará em elevar os juros novamente caso julgue necessário.
*Com informações da Reuters