17/02/2016 - 11:22
A chanceler alemã Angela Merkel pediu aos líderes europeus uma ação “comum” sobre a crise migratória durante uma cúpula a ser realizada na quinta e sexta-feira, enquanto a política de abertura da Alemanha suscita críticas cada vez mais fortes.
“Trata-se, em primeiro lugar, de ter uma posição comum” principalmente sobre a questão de saber “como queremos proteger nossas fronteiras externas” ante o fluxo de migrantes, declarou durante uma coletiva de imprensa em Berlim.
“Estamos acostumados na Europa com o fato de que algumas coisas levam tempo” para serem aceitas e implementadas, “mas vale a penas nos mobilizarmos, e é o que eu pretendo fazer para alcançar conclusões comuns” na cúpula de Bruxelas, acrescentou Merkel.
A chefe do governo alemão está cada vez mais isolada dentro da União Europeia sobre a questão dos refugiados.
Até o momento, os europeus só conseguiram distribuir cerca de 100 refugiados que chegaram na Itália e na Grécia de uma meta total de 160.000 em 2015.
E a proposta alemã de um mecanismo permanente para a partilha em coordenação com a Turquia tem sido criticada abertamente.
A França, principal aliado da Alemanha na Europa, distanciou-se na semana passada através de uma declaração do primeiro-ministro Manuel Valls, que disse que tal política não poderia ser mantida a longo prazo.
A Áustria, que atuou em coordenação com a Alemanha durante a crise de refugiados em 2015, também expressou reticências e reforçou a sua política de imigração, estabelecendo limites de entradas.
A política alemã também é criticada pelos países do leste reunidos no grupo de na Visegrad – Hungria, Polônia, Eslováquia e República Checa – que ameaçam fechar as fronteiras ao longo da rota dos Balcãs, através da qual entraram no ano passado 800.000 refugiados.
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