No mês do Consumidor, muita gente quer aproveitar oportunidades de compras com descontos e promoções, mas os fraudadores também aproveitam a data para lucrarem com golpes. Para evitar que os consumidores sejam vítimas de fraudes, reunimos algumas dicas de como se proteger.

De acordo com Gabriel Scherer, especialista antifraude e sócio da QI Tech, o phishing é o formato mais comum de fraudes no Brasil. Do inglês pescaria, a prática tem este nome porque o fraudador joga a isca, “pescando” possíveis vítimas. Também chamado de golpe da engenharia social, ele utiliza diferentes recursos para extrair das vítimas informações pessoais, dados financeiros e senhas que serão utilizadas posteriormente para roubo de valores de contas bancárias e compras.

“Desconfie de pessoas pedindo seus dados e/ou dinheiro por aplicativos de mensagens, SMS, redes sociais e e-mails”, alerta o especialista.

Segundo Julio Cesar Fort, sócio e diretor de Serviços Profissionais da Blaze Information Security, o consumidor pode ser alvo de hackers por meio de sites não confiáveis ou ofertas acima do comum.

“É sempre indicado que os consumidores procurem por lojas virtuais que ofereçam ambiente online seguro. Para identificar esse tipo de empresa, é sempre válido procurar pelos selos que autentifiquem essa segurança. Outras dicas válidas são o uso de um programa de antivírus atualizado e o uso de computadores domésticos no momento da compra”, disse.

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O diretor da Blaze disse que o principal alvo dos criminosos virtuais é o cartão de crédito e que os bancos disponibilizam alternativas que podem ser úteis para evitar a ação dos fraudadores. “Cartão de crédito virtual ou de uso único são opções interessantes, já que mesmo se o número for hackeado, ele já foi usado e não funciona mais, evitando o estresse”, completa.

Gabriel Scherer listou 10 medidas para os consumidores se protegerem de cibercriminosos:

  1. Ouça seu banco. As instituições financeiras estão constantemente estudando e aprendendo sobre as últimas tendências de fraude e elas têm interesse legítimo em manter seus consumidores protegidos. Na dúvida, entre em contato com o banco. Caso desconfie de uma chamada do banco feita ao seu celular, use outro aparelho para ligar ao banco;
  2. Use Biometria e autenticação de dois fatores no seu celular e outros dispositivos, como leituras faciais ou senhas de uso único, e lembre-se de não disponibilizar nenhum código que receber via SMS ou Whatsapp para ninguém, nunca!;
  3. Proteja suas informações, esteja atento a mensagens de texto, e-mails ou websites projetados para induzi-lo a fornecer dados pessoais. Se você receber uma mensagem suspeita afirmando ser de seu banco, não responda. Em vez disso, relate suas suspeitas nos canais oficiais. Se receber a mensagem do banco via SMS, questione via email, se receber por chamada, conteste de outro aparelho. Lembre-se que os bancos nunca pedem dados ou códigos via ligação ou mensagens;
  4. Combine com sua família e amigos que, em caso de pedidos de dinheiro ou vendas, a pessoa faça chamada de voz ou vídeo para garantir que o pedido é realmente seu;
  5. Desconfie de preços muito baixos em compras online e oportunidades muito atraentes;
  6. Sempre confira o endereço do remetente dos e-mails recebidos e não acesse páginas suspeitas;
  7. Evite utilização de wi-fi público;
  8. Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências. Nunca compartilhe o código de verificação recebido quando você realiza o cadastro da chave Pix. A prática de confirmar a criação da chave também não existe;
  9. Nunca compartilhe código de verificação que você receber via Whatsapp e SMS. Este código pode dar acesso a um fraudador para tomar sua conta. Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
  10. Sempre que for realizar uma transferência via Pix, verifique os dados do recebedor após digitar a chave no aplicativo do Banco. Caso não apareça o nome da pessoa ou empresa para a qual você deseja transferir, pode ser um golpe.