O “mestre da sedução” com métodos de paquera agressivos Julien Blanc foi impedido de entrar na Grã-Bretanha, onde daria uma palestra – informou o governo britânico nesta quarta-feira.

O norte-americano já havia tido sua eventual entrada no Brasil negada na última quarta-feira, quando o Itamaraty reagiu a uma petição assinada por mais de 150 mil pessoas pedindo que Blanc fosse barrado.

“A presença de Julien Blanc no Reino Unido poderia aumentar os casos de violência e assédio sexuais. Estou feliz que ele não entrará em nosso território”, escreveu a secretária de Estado Lynne Featherstone, em breve comunicado.

Featherstone foi uma das principais vozes do governo para que Julien Blanc fosse barrado do território britânico. O “coach” é responsável pela organização de seminários em todo o mundo que ensinam os homens a seduzir as mulheres dispondo de métodos bastante controversos.

Atualmente em “turnê mundial”, Blanc deveria se apresentar na Grã-Bretanha em 21 de novembro.

Nas últimas duas semanas, o autodenominado “técnico de sedução” causou polêmica após a divulgação de um vídeo que mostra trechos de suas conferências, na qual ele explica como um “homem branco” pode facilmente levar uma japonesa para a cama.

Blanc aparece com a “mão na massa”, tentando empurrar a cabeça de jovens japonesas contra suas pernas e pegando-as pelo pescoço.

Desde então, outras fotos e vídeos mostrando seus métodos de conquista agressivos – e até mesmo violentos – inundaram a internet.

A revolta provocada pela difusão das imagens levou a Austrália a suspender o visto de entrada de Blanc, obrigando o homem a deixar o país.

O Canadá também cogita proibir a entrada do “técnico” que, segundo a página da empresa Real Social Dynamics, teria estudado numa “prestigiosa universidade da Suíça” antes de ir morar em Los Angeles.

No Reino Unido, uma petição reuniu cerca de 160.000 assinaturas pedindo que o acesso de Blanc ao país fosse negado.

Julien Blanc apresentou formalmente suas desculpas durante uma entrevista à rede CNN no início desta semana, culpando seu “terrível senso de humor” pela polêmica. Ele se autoproclamou “o homem mais detestado do mundo”.