Em relatório enviado para a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão que fiscaliza e regula o setor financeiro nos EUA, o grupo Meta indicou que pode deixar a Europa. 

O movimento é ainda considerado um blefe pelo mercado financeiro internacional e por setores da indústria, pois faria com que o Facebook e o Instagram, aplicativos geridos pela empresa, deixassem de ser oferecidos para todo o continente.

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O imbróglio ocorre por conta da recente decisão da União Europeia de impedir ou restringir que dados colhidos no continente sejam armazenados, processados e compartilhados por meio de servidores estrangeiros, que no caso da empresa de Mark Zuckerberg, estão nos Estados Unidos.

“Se não estivermos aptos a transferir dados entre e por continentes ou regiões em que operamos, ou se houver restrição em compartilhar dados entre nossos produtos e serviços, isso pode afetar a habilidade de garantir nossos serviços, incluindo Facebook e Instagram”, diz o trecho que está presente no relatório anual da empresa, de acordo com o site Mashable. A empresa, no entanto, reforça que poderá chegar a novos acordos em 2022. 

A União Europeia atualmente está revendo a regulamentação sobre o uso e compartilhamento de dados das empresas de tecnologia no continente depois que o acordo anterior com os EUA foi invalidado em junho de 2020. 

Em entrevista à Bloomberg, um porta-voz da Comissão Europeia sobre o assunto disse que as negociações se intensificaram nos últimos meses, mas que elas “levam tempo, dada também a complexidade das questões discutidas e a necessidade de encontrar um equilíbrio entre privacidade e segurança nacional”.