Mark Zuckerberg, o CEO da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, afirmou que seu grupo está trabalhando na chamada inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês), ou seja, softwares dotados de capacidades cognitivas humanas, assim como a OpenAI, empresa por trás do ChatGPT.

“Chegamos à visão de que, para construir os produtos que queremos construir, precisamos desenvolver para a inteligência geral”, disse o bilionário em uma entrevista ao The Verge, publicação americana especializada, divulgada nesta quinta-feira (18).

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“Penso que é importante transmitir isso porque muitos dos melhores pesquisadores querem trabalhar em problemas mais ambiciosos”, acrescentou.

A ideia de uma IA geral foi popularizada pela startup californiana OpenAI, que surpreendeu o mundo no final de 2022 com o lançamento do ChatGPT, o famoso chatbot de IA generativa, um modelo de linguagem de grande escala.

Sam Altman, seu diretor, define a IA geral como a tecnologia que alimentará programas “mais inteligentes que humanos em geral”.

O conceito ainda é confuso: Nick Clegg, chefe de assuntos internacionais da Meta, apontou nesta quinta no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que “não há consenso sobre o que exatamente significa a AGI”.

“Se perguntar aos profissionais de tecnologia da informação, obterá uma definição diferente de cada um”, acrescentou.

A ascensão da IA generativa no ano passado provocou uma feroz concorrência entre os gigantes da tecnologia.

Microsoft – investidor chave na OpenAI -, Google e Meta estão desenvolvendo diversas ferramentas e buscam atrair os melhores engenheiros.

Esta tecnologia provoca entusiasmo, mas também uma imensa onda de preocupações devido a temores de que leve a uma perda em massa de postos de trabalho ou que multiplique os poderes de atores mal intencionados.

A OpenAI disse que quer construir uma AGI de forma gradual, a fim de beneficiar toda a humanidade. Para isso, baseia-se no uso em grande escala de modelos para detectar e retificar problemas.

“Acredito que algum dia criaremos algo que será considerado inteligência artificial geral”, afirmou Altman em Davos. “O mundo sofrerá um ataque de pânico por duas semanas e depois todos voltarão à sua vida normal.”