A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, informou nesta terça-feira (8) que não quer nem está ‘ameaçando’ deixar a Europa. “Assim como outras 70 empresas da UE e dos EUA, estamos identificando um risco comercial resultante da incerteza em torno das transferências internacionais de dados”, informa a empresa em comunicado.

Na semana passada, um relatório da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda sinalizou que a transferência de dados de europeus que usam as redes sociais do grupo não está em conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (UE). A empresa declarou, em comunicado, que queria chegar a um acordo, mas, caso contrário, as plataformas poderiam deixar de funcionar nos países da região.

Segundo a Meta, as transferências internacionais de dados tiveram aumento desde 2018 e é preciso um mecanismo seguro entre Estados Unidos e Europa. “As transferências internacionais de dados sustentam a economia global e muitos dos serviços que são fundamentais para nossas vidas. As empresas de todos os setores precisam de regras globais claras para proteger os fluxos de dados transatlânticos a longo prazo”, defende a Meta.

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Nesta terça, a empresa disse que não são verdadeiras as notícias sobre a Meta deixar a Europa. “Como todas as empresas de capital aberto, somos legalmente obrigados a divulgar riscos materiais aos nossos investidores. Na semana passada, como fizemos em nossos quatro trimestres anteriores, divulgamos que a incerteza contínua sobre os mecanismos de transferência de dados UE-EUA representa uma ameaça à nossa capacidade de atender aos consumidores europeus e operar nossos negócios na Europa”, afirma.

“Não temos absolutamente nenhum desejo de nos retirar da Europa. Queremos que os direitos fundamentais dos usuários da UE sejam protegidos e que a Internet continue a funcionar como deveria: sem atritos, conforme as leis, mas não limitada às fronteiras nacionais”, acrescenta.