Os contratos futuros de metais básicos operam em direções divergentes nesta terça-feira, após um indicador de atividade industrial da China renovar preocupações sobre a demanda do maior consumidor mundial do metal. Ao mesmo tempo, o dado eleva expectativa por novas medidas de estímulo no país.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China caiu para 49,2 na leitura preliminar de março, de 50,7 na leitura final de fevereiro, em medição feita pelo banco HSBC e publicada nesta terça-feira pela Markit Economics. Este é o menor nível para o índice em 11 meses.

A última vez que o indicador havia ficado abaixo da marca de 50,0, que sinaliza contração no setor, foi em janeiro deste ano, quando atingiu 49,7.

“Embora os dados possam ter sido prejudicados pelas celebrações do Ano Novo Lunar, eles, no entanto, indicam que o crescimento econômico da China desacelerou ainda mais no primeiro trimestre”, disseram analistas do Commerzbank em um relatório.

A China é o maior consumidor de cobre no mundo. Por isso, sua trajetória econômica dita fortemente os preços. Quando a economia do país asiático perde força, a demanda cai e os preços recuam. Por outro lado, a expectativa por novas medidas de estímulo tende a dar força para os preços.

Entre os motivos que ajudavam os metais estava o dólar enfraquecido. Já como os ativos são negociados na moeda norte-americana, uma desvalorização cambial no papel dos EUA tende a aumentar a atratividade das commodities para detentores de outras divisas.

Nos negócios da manhã na Europa, o cobre para três meses recuava 0,2% na London Metal Exchange (LME), a US$ 6.132 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para maio tinha alta de 0,07%, a US$ 2,7915 por libra-peso, às 8h32 (de Brasília).

Entre outros metais na LME, o alumínio para três meses subia 0,3% , a US$ 1.800,50 por tonelada, enquanto o zinco operava estável, a US$ 2.083,00 por tonelada, o chumbo avançava 0,6%, a US$ 1.845,50 por tonelada, o níquel tinha queda de 0,5%, a US$ 14.150 por tonelada, e o estanho mostrava desvalorização de 0,3%, a US$ 17.555,00 por tonelada. Com informações da Dow Jones