22/05/2021 - 3:23
Artemis é uma missão ambiciosa da NASA que visa colocar o homem de volta à Lua em 2024. A agência norte-americana pretende instalar uma base naquela área e abrir caminho para a chegada de voos comerciais àquele destino a um custo aproximado de US $ 28 bilhões.
No entanto, a missão Artemis pode estar em perigo devido a possíveis eventos climáticos adversos, segundo pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido. Após analisarem o clima espacial nos últimos 150, eles afirmaram que em 2024 poderiam ser registrados comportamentos extremos que obrigariam a atrasar os planos da NASA, ou antecipar o retorno dos astronautas.
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Ao longo da análise eles descobriram que o Ciclo Solar 25, que começou no final de 2019, apresentaria tempestades e fortes ventos solares quando a NASA planeja retornar à Lua. Na pesquisa eles perceberam que os ciclos solares, que são cumpridos a cada 11 anos, aumentariam sua atividade a cada cinco anos; neste caso, no ano de 2024. Esses fenômenos espaciais seriam extremamente perigosos para astronautas, naves e satélites, podendo até afetar as redes elétricas da Terra.
Segundo os especialistas, fenômenos solares podem ser problemáticos para futuros exploradores lunares. Embora esteja localizado a cerca de 150 milhões de quilômetros de nosso planeta, a atividade que ocorre em sua superfície libera partículas radioativas. Enquanto o campo magnético da Terra nos protege do pior dessa atividade, esse escudo não está presente na lua.
Tanto a NASA quanto a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional não consideram o ciclo solar 25 como “particularmente ativo”, embora estimem que eventos extremos ocorrerão, sem uma possibilidade concreta de antecipá-los.
Ao longo do programa Artemis, a agência dos Estados Unidos planeja que robôs e humanos busquem e possivelmente extraiam recursos como água, que pode ser convertida em outros recursos utilizáveis, incluindo oxigênio e combustível. Além disso, graças ao refinamento das tecnologias de aterrissagem de precisão e ao desenvolvimento de novas capacidades de mobilidade, os astronautas viajarão distâncias maiores e explorarão novas regiões da Lua.