Marcado para ocorrer amanhã na B3, o leilão de CEPACs da Faria Lima está quebrando a cabeça de investidores. A CBRE – contratada por vários empreendedores para fazer estudos de viabilidade – diz que o lance inicial de R$ 17,6 mil por título já está tornando a equação difícil.

“A conta está bastante apertada. Temos clientes que são proprietários de terrenos, com carrego histórico longo, e não está fechando para eles,” Adriano Sartori, o CEO da CBRE no Brasil, disse ao Metro Quadrado. Segundo ele, a demanda existe, e a disposição para comprar certificados varia de acordo com o projeto de cada um, mas alguns grandes players já entenderam que não vai valer a pena.

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“O custo de construção subiu, o preço do terreno é a única coisa que não cai, e a taxa de juros está em 15%. Como o desembolso para o CEPAC é no começo, isso não ajuda o fluxo de caixa,” o executivo disse. E ele acrescenta que é arriscado o caminho de comprar caro confiando que o aluguel vai subir, uma estratégia que ele já vê sendo considerada.

“O certo é ver a média do mercado e fazer a conta de trás para frente, para saber o quanto pode pagar.” A Prefeitura tem um estoque de 218,5 mil CEPACs para a Operação Urbana Faria Lima, e decidiu fasear o leilão, ofertando 164 mil certificados na primeira leva de amanhã – o restante ainda não tem data. Se vender todos os certificados a R$ 17,6 mil nessa primeira etapa, a Prefeitura pode arrecadar cerca de R$ 2,8 bilhões.

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