23/09/2025 - 9:01
No Rio, as casas do Jardim Botânico vivem um boom silencioso. A procura disparou desde a pandemia da Covid-19, e o bairro se tornou um dos endereços mais desejados da Zona Sul por quem sonha morar cercado de verde sem abrir mão da vida urbana. Mas ao contrário do que acontece em outras áreas da cidade, esse movimento não aparece nas estatísticas de mercado.
Como há uma escassez de terrenos, não há lançamentos formais no bairro desde 2023, segundo o Secovi-RJ; e as negociações acontecem em um circuito paralelo, de reformas e projetos exclusivos vendidos diretamente a compradores de alto padrão. “Hoje, praticamente não existem incorporações tradicionais no bairro. Há muita procura de casas para demolir ou reformar. Quando aparece um terreno maior, capaz de abrigar um condomínio, vira uma oportunidade única,” Vasco Rodrigues, o CEO da Fator Realty, disse ao Metro Quadrado.
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É o caso de um dos projetos da Fator em parceria com a BSJ, a holding que inclui a franquia da imobiliária Lopes do Rio. O terreno localizado na Rua Pacheco Leão abrigava antes um antigo estúdio da Globo, comprado pela BSJ há três anos. O espaço dará lugar a um condomínio fechado de seis casas, que deve movimentar um VGV de R$ 60 milhões. “Sentimos a necessidade de atender quem quer morar em casa, mas não quer sair da Zona Sul nem assumir sozinho uma obra particular. Esse público busca praticidade com segurança,” disse Eicilio Britto, sócio da BSJ e da franquia da Lopes no Rio.
Nascido em torno do Jardim Botânico criado por D. João VI em 1808, o bairro cresceu com forte identidade cultural e paisagística. O Iphan garante a preservação do local, e associações de moradores fiscalizam novas obras para manter a harmonia arquitetônica. Vizinho do Leblon e da Gávea, o bairro é cercado por alguns dos pontos mais icônicos do Rio. De um lado, está a Lagoa Rodrigo de Freitas; do outro, a Floresta da Tijuca, com trilhas que levam à Vista Chinesa e ao Cristo Redentor. Além da localização estratégica, o Jardim Botânico guarda um atrativo raro no Rio: é um dos poucos bairros da Zona Sul onde a horizontalidade ainda resiste.
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