04/03/2025 - 13:56
Os países seguem anunciando medidas em resposta às tarifas impostas por Donald Trump nesta terça-feira, 4. O Canadá está impondo tarifas de 25% sobre importações norte-americanas no valor de 30 bilhões de dólares canadenses com efeito imediato, disse o primeiro-ministro Justin Trudeau a repórteres na terça-feira. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também prometeu retaliações.
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“Não há razão, lógica ou justificativa para apoiar essa decisão que afetará nosso povo e nossas nações… Ninguém ganha com essa decisão”, disse Sheinbaum em coletiva de imprensa matinal.
“Não há absolutamente nenhuma justificativa ou necessidade para essas tarifas hoje”, concordou Trudeau, acrescentando que o Canadá contestaria as medidas dos EUA na Organização Mundial do Comércio e por meio do acordo comercial entre EUA, México e Canadá.
Segundo Trudeau, caso as tarifas dos EUA permaneçam, a quantidade de produtos estadunidenses taxados no país crescerá dos US$ 3o milhões anunciados hoje para R$ 125 bilhões daqui a 21 dias.
Tarifas de 25% sobre México e Canadá
As ações tarifárias de Trump sobre o Canadá e o México entraram em vigor nesta terça-feira, 4, após uma pausa inicial de 30 dias, durante a qual as autoridades mexicanas se envolveram em negociações com Washington e reforçaram a segurança na fronteira EUA-México.
Na segunda-feira, Trump declarou que o México, juntamente com o Canadá e a China, não havia feito o suficiente para conter o fluxo do opioide mortal fentanil e seus precursores químicos para os EUA.
Sheinbaum defende que o México colaborou com os EUA na migração, na segurança e no combate ao tráfico de drogas.”Nesses 30 dias, foram tomadas ações decisivas contra o crime organizado e o tráfico de fentanil, além de reuniões bilaterais sobre segurança e comércio”, disse.
A presidente Mexicana disse ainda que daria detalhes sobre a resposta do México, incluindo tarifas retaliatórias, em evento na icônica praça Zocalo, na capital, no domingo.
As importações mexicanas e canadenses estão taxadas em 25% nos Estados Unidos. Os dois países são os principais parceiros econômicos dos EUA, seguidos pela China, que também está sujeita a novas tarifas estadunidenses.
