16/05/2012 - 21:00
Estratégia
A Pepsi vai apostar em um novo posicionamento mundial de mídia para tentar voltar aos bons tempos. O novo garoto-propaganda da companhia é… Michael Jackson. A imagem do rei do pop, morto em 2009, será estampada nas latinhas de refrigerante – primeiro na China e nos EUA, e até o fim do ano no restante do mundo. A expectativa é vender um bilhão de refrigerantes com a imagem. O astro já teve bons e maus momentos com a marca em meados dos anos 1980, quando recebeu US$ 6,5 milhões da Pepsico, dona da concorrente da Coca-Cola. A empresa patrocinou a promoção e turnê de shows relacionadas ao álbum Bad, de 1987 de Jackson. Quatro anos antes, ele sofreu queimaduras durante a filmagem de uma propaganda da empresa, que o levou a uma série de cirurgias.
Agências
Provocação perigosa
A subsidiária da Y&R em Buenos Aires armou uma boa confusão ao produzir às escondidas nas Ilhas Malvinas uma propaganda para a Presidência da Argentina. No filme, um atleta da seleção argentina de hóquei se prepara para um jogo contra a Grã-Bretanha, treinando nas ilhas, motivo de uma desastrosa guerra entre os dois países. O problema é que o dono da Y&R, o grupo britânico WPP, não gostou e pediu a retirada do filme do ar, alegando que suas empresas não deveriam abordar questões políticas.
Campanha
Gluglu assusta Jason
A Bradesco Seguros traz para sua nova campanha Jason, o serial killer da série de filmes Sexta-Feira 13. Na propaganda da AlmapBBDO, um casal sem seguro é surpreendido pelo assassino, mas conta com uma ajuda inusitada: o humorista Sérgio Mallandro. Bastam alguns “gluglu yeah yeah” para Jason, incrédulo com tal presença, desistir e ir embora.
Concorrência
Disputa sadia
A BR Foods deve agitar o mercado ao preparar uma reformulação das contas de Sadia e Perdigão. Foram chamadas as empresas que possuem relacionamento com a empresa: DPZ e DM9DDB, que tem a conta da Sadia, Y&R, da Perdigão, e a NBS, da Batavo. Esta última marca, inclusive, passou por renovação e ganhou um novo logotipo.
Investimento
Novo combustível
A Shell volta a ter campanha na tevê, como parte de um plano de marketing de R$ 150 milhões para o biênio 2012 e 2013. É a primeira ação da marca após a formação da Raízen, entre a Cosan e a Shell. O filme criado pela JWT divulga o combustível V-Power.
Bate-papo
Patricia Marinho, vice-presidente de atendimento da Giovanni+DraftFCB. A executiva comenta sobre as dificuldades de precificar campanhas num mundo de muitas mídias:
Definir os custos de uma campanha ficou mais complicado para as agências de full service?
Antes cobrávamos por uma ideia que se transformava em filme. Depois, entramos na era de cobrar por homem/hora. Isso não faz mais sentido para saber quanto vale conseguir dois milhões de pessoas engajadas em uma marca no Facebook.
Em contrapartida, as agências conseguem mensurar os resultados para os seus clientes?
Investimos muito nisso. Como vivemos em um mundo com muitos dados, temos de saber usá-los. Na área criativa, tudo se resume a uma mensagem precisa. Segundo estudos, em média, uma campanha tem apenas 6,5 segundos para captar a atenção de um consumidor.
Qual deve ser a postura das empresas nas mídias sociais?
As empresas sempre tiveram um relaciona-mento de troca com os clientes, mas as redes sociais são espaços para relações entre amigos.
Colaborou: Marcio Orsolini
