Por Gabriella Borter

DETROIT (Reuters) – Eleitores dos Estados Unidos sinalizaram seu apoio pelo direito ao aborto nas eleições de terça-feira, com três Estados aprovando medidas para proteger o acesso ao procedimento e eleitores no Kentucky, um Estado profundamente conservador, rejeitando uma medida que implementaria uma proibição constitucional ao aborto.

No Estado de Michigan, os eleitores aprovaram com 55% de apoio uma emenda constitucional que consagra o direito ao aborto, de acordo com a Edison Research. Eleitores na Califórnia e em Vermont também aprovaram a adição de proteções ao aborto em suas constituições estaduais por amplas margens.

Enquanto isso, 51% dos eleitores do Kentucky rejeitaram uma emenda constitucional que declararia a proibição do aborto, assim como os eleitores do Kansas fizeram com uma emenda semelhante em agosto.

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Kentucky foi o primeiro Estado a colocar o direito ao aborto em votação, ao mesmo tempo em que aplicava uma proibição quase total, com exceções apenas em emergências médicas raras. A votação criou um caminho para a restauração do acesso ao aborto e a retomada dos serviços nas duas clínicas do estado.

As vitórias pelo acesso ao aborto em Estados conservadores ou com disputa acirrada confirmaram as esperanças dos defensores dos direitos reprodutivos de que a decisão da Suprema Corte em junho de eliminar o direito federal ao aborto levaria eleitores indignados às urnas para as eleições de meio de mandato.

Os resultados das votações e outras vitórias democratas em disputas que enfatizaram o aborto em todo o país sugeriram que eleitores de todos os matizes políticos estão se recusando às severas restrições ao procedimento que vários estados liderados por republicanos aplicaram após a reversão do caso “Roe vs. Wade”.

(Reportagem de Gabriella Borter)

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