Por Yuvraj Malik

(Reuters) – A fabricante de chips Micron disse que não espera impacto na produção de curto prazo devido à escassez de componentes causada pela crise na Ucrânia, mas os custos devem aumentar.

Os dois principais fornecedores de neônio da Ucrânia, que produzem cerca de metade da oferta mundial da principal matéria-prima para fabricar chips, interromperam as operações, ameaçando aumentar os preços e piorar a atual crise de semicondutores.

A produção global de chips já estava sob pressão depois que a pandemia aumentou a demanda por celulares, laptops e carros, forçando algumas empresas a reduzir a produção.

Essa mesma demanda ajudou a Micron a prever a receita do trimestre atual acima das estimativas e entregar resultados trimestrais acima do esperado, elevando as ações em mais de 4%.

“No momento, não esperamos impacto negativo nos volumes de produção de curto prazo por causa da guerra Rússia-Ucrânia, mas esperamos um aumento em nossos custos à medida que garantimos o fornecimento de certas matérias-primas”, disse o presidente-executivo Sanjay Mehrotra em teleconferência de resultados.

O impacto dos déficits de oferta causados ​​pela Ucrânia não aparecerá em até cerca de sete a nove meses, quando os estoques globais de matérias-primas acabarem, disse Kinngai Chan, diretor administrativo de semicondutores do Summit Insights.

A Micron prevê receita no trimestre atual de 8,7 bilhões de dólares mais ou menos 200 milhões de dólares, ante previsão média de analistas de 8,06 bilhões, segundo a Refinitiv.

A receita aumentou 24,8%, para 7,79 bilhões de dólares, superando as estimativas de 7,52 bilhões de dólares.

A Micron também investiu em seus chips de memória NAND e DRAM, ajudando as margens brutas como porcentagem da receita a subir de 26,4% para 47,2% no ano passado.

Excluindo itens, o lucro líquido foi de 2,14 dólares por ação, acima das estimativas de 1,97 dólar.

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