Por Rory Carroll

LOS ANGELES (Reuters) – Durante seu reinado como campeão mundial peso-pesado de boxe, ninguém era mais temido do que Mike Tyson, que destruía seus oponentes com eficácia implacável.

Mas o astro perturbado estava em guerra consigo mesmo todo o tempo, enfrentando uma voz interior abusiva que levou o “Mike de Ferro” à beira do suicídio.

Ele disse que tudo isso mudou quando começou a usar cogumelos alucinógenos, conhecidos mais popularmente como “cogumelos mágicos”, e outras substâncias de alteração de consciência semelhantes.

Agora, a carreira do prodígio do boxe saído do bairro nova-iorquino do Brooklyn passa por um renascimento que ele disse ser resultado da exploração mental e espiritual induzida pela psilocibina dos cogumelos.

“Todos achavam que eu estava louco, mordi a orelha de um cara”, disse um Tyson animado à Reuters, lembrando sua luta infame com Evander Holyfield em 1997.

“Fiz todas aquelas coisas, e assim que me apresentaram os cogumelos… minha vida inteira mudou.”

É verdade que muitas pessoas tiveram experiências negativas com a psilocibina, que pode provocar alucinações perturbadoras, nervosismo e pânico. Profissionais médicos que a estudam desaconselham a automedicação ou seu uso fora de um contexto médico aprovado.

Mas Tyson, que faz 55 anos no mês que vem e impressionou em sua luta de exibição de novembro contra Roy Jones Jr, disse que nunca se sentiu melhor.

Tyson disse que quer divulgar os benefícios da psilocibina o mais amplamente possível, e que por isso formou uma parceria com a empresa Wesana, que estuda seu uso para tratar atletas, veteranos e outros.

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