05/08/2016 - 15:42
A primeira manifestação pela independência de Hong Kong reuniu milhares de pessoas nesta sexta-feira, incluindo candidatos que foram proibidos de concorrer nas eleições legislativas de setembro por defenderam a ruptura com a China.
As autoridades de Hong Kong consideram que militar pela independência vai contra as leis em vigor na ex-colônia britânica, um território semi-autônomo no qual um bom número de habitantes têm a impressão de que Pequim reforçou o seu controle.
Manifestantes de todas as idades se reuniram em um parque perto da sede do governo, alguns carregando cartazes que diziam “Independência Hong Kong”.
Edward Leung, um dos cinco candidatos vetados nas eleições e chefe do partido “Hong Kong Indigenous” recebeu aplausos da multidão ao discursar.
“A soberania de Hong Kong não pertence a Xi Jinping [presidente chinês], não pertence às autoridades ou o governo de Hong Kong. Pertence ao povo de Hong Kong”, declarou.
Leung, de 25 anos, anunciou na terça-feira que a sua candidatura tinha sido excluída para as próximas eleições legislativas, apesar de ter concordado em assinar uma declaração estipulando que Hong Kong é uma parte “inalienável” da China.
Andy Chan, que fundou em março o Partido Nacional de Hong Kong, uma formação separatista também vetada, disse à AFP que ele e seus companheiros rejeitam a violência porque “não queremos que pessoas acabem feridas ou detidas”.
“Dia após dia, nossos direitos […] nos são negados pelo governo de Hong Kong e o governo chinês”, declarou por sua vez à AFP Satomi Cheng, um manifestante de 49 anos.
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