Por Farouq Suleiman

LONDRES (Reuters) – Milhares de pessoas em luto tomaram seus lugares em uma fila pelo centro de Londres nesta quarta-feira, reconhecendo que podem ter que esperar horas para ver a falecida rainha Elizabeth.

Alguns até enfrentaram chuva e dormiram na calçada durante a noite para garantir sua posição na fila, que pode se estender por 16 quilômetros para ter acesso ao Westminster Hall, o prédio mais antigo do Parlamento, onde o caixão da rainha ficará até o funeral na segunda-feira.

+ Horas de fila em Londres para garantir ‘alguns segundos’ com a rainha

+ Rei Charles e filhos seguem caixão da rainha em cortejo do Palácio de Buckingham ao Parlamento

+ Reino Unido chama Coreia do Norte para funeral da rainha e Venezuela não é convidada, diz fonte

Autoridades do governo disseram que não podiam definir com precisão quantos gostariam de passar pelo caixão da rainha, mas cerca de 750.000 pessoas devem passar pelo Westminster Hall a partir da tarde desta quarta-feira.

O arcebispo de York, Stephen Cottrell, disse para as pessoas na fila: “Estamos honrando duas grandes tradições britânicas, amar a rainha e amar uma fila”.

Entre os reunidos, alguns estavam lá para representar pais idosos, outros para testemunhar a história e muitos para agradecer a uma mulher que, tendo ascendido ao trono em 1952, ainda realizava reuniões oficiais do governo apenas dois dias antes de morrer.

Jacqui D’Arcy, 63 anos, de Essex, no sudeste da Inglaterra, chegou para ocupar seu lugar na fila no início da noite de terça-feira.

“É importante para mim prestar meus respeitos à falecida rainha”, disse ela. “Além disso, meus pais amam a família real. E eles não podem fazer isso aqui. Então é uma via de mão dupla, eu estou vindo por minha mãe e meu pai, e por mim.”

Mark Bonser, 59 anos, de Doncaster, no norte da Inglaterra, afirmou que a rainha era “a segunda mãe de todo mundo”.

“Ela nos deu 70 anos de sua vida. Tenho certeza que posso dar 24 horas da minha, apenas dar esse respeito a ela”, disse ele sobre a rainha, que morreu na semana passada, aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia.

A onda de tristeza desencadeada pela morte de Elizabeth já atraiu grandes multidões na Escócia, onde ela permaneceu por 24 horas na Catedral de St Giles, em Edimburgo. Cerca de 33.000 pessoas prestaram suas homenagens durante esse período.

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI8D0ZS-BASEIMAGE