Dois irmãos de nove e dez anos de idade morreram no departamento de Nariño, oeste da Colômbia, depois de entrar em campo minado, informou neste domingo o presidente Juan Manuel Santos.

“Inaudita morte das crianças González, vítimas de mina antipessoal em Nariño”, lamentou o presidente em seu Twitter, @JuanManSantos.

Os menores Edilberto e Marlon González Mina morreram na sexta-feira, quando voltavam para casa no município de Tumaco (Nariño), depois de irem ao colégio.

Eles pisaram no artefato explosivo em uma zona rural do oeste da Colômbia, segundo país do mundo com mais vítimas de minas antipessoais depois do Afeganistão.

Há uma semana, delegados do governo e das Farc chegaram a um acordo de desminamento como parte das negociações de paz que ambos mantêm desde novembro de 2012 em Havana.

Desde 1990, 11.000 pessoas – 38% das quais são civis – morreram por causa de minas antipessoais na Colômbia. Delas, 2.000 morreram, e 9.000 ficaram feridas, de acordo com números oficiais.

Mais de mil crianças padeceram com o efeito dessas armas, e 235 (21%) morreram, de acordo com a Unidade de Vítimas.

Tanto guerrilhas de esquerda como paramilitares de direita, forças militares e grupos de narcotraficantes utilizaram este método durante o conflito armado no país.

Já as forças militares renunciaram a elas depois da assinatura da Convenção de Ottawa (1997), que proíbe o uso e comercialização de minas.