Nos locais onde está presente, a mineração movimenta a economia, criando empregos diretos e indiretos. E, cada vez mais, vem dando origem a iniciativas para desenvolver uma economia mais diversificada e menos dependente.

O 4º Fórum Regional de Diversificação Econômica de Minas Gerais (FRDE), realizado nos dias 25 e 26 de junho, na sede do Sebrae Minas, em Belo Horizonte, discutiu alternativas para o fortalecimento das economias locais, promovendo a troca de experiências e o diálogo entre os presentes. O evento contou com o patrocínio da Cedro Mineração, Vale, Samarco e da Associação dos Mineradores da Serra Azul (Amisa).

Realizado pela Federaminas em parceria com o Sebrae, o Fórum foi estruturado em seis eixos temáticos: a Bússola do Desenvolvimento, o Fundo Soberano, o Turismo Criativo, as Indicações Geográficas, as Moedas Sociais e a Economia Criativa. Em conjunto, esses temas abriram espaço para a elaboração de novas perspectivas de diversificação econômica para as regiões impactadas por grandes aportes financeiros da mineração.

O grande desafio da nossa indústria é assegurar uma visão sustentável em toda a cadeia da mineração, desde o planejamento estratégico, até ponta, oferecendo suporte econômico e social para o desenvolvimento regional”, comentou o presidente do conselho da Cedro Participações, Lucas Kallas, a respeito do fórum.

Foram discutidas propostas estratégicas locais e a criação de soluções específicas para cada território. Na pauta surgiram alternativas de desenvolvimento econômico, principalmente para os municípios que têm boa parte de suas receitas provenientes dos recursos minerais, o que gera, muitas vezes, uma forte dependência da economia local.

Valorização local 

De acordo com o especialista em Indicações Geográficas (IG), Gabriel Fabres, o principal objetivo desse registro é proteger e promover o território de origem. Atualmente, o Brasil possui 135 IGs registradas, 24 delas em Minas Gerais, o que coloca, mais uma vez, o estado como protagonista no cenário nacional. Ele salientou que a integração entre IGs, moedas sociais e fundos soberanos fortalece identidades regionais e impulsiona o desenvolvimento inclusivo. “Onde circula a moeda da comunidade, circula, também, o orgulho e a dignidade do território.”, concluiu.

Sintonia com as comunidades

Roger Vieira, historiador e especialista em economia criativa e turismo, destacou a produção de queijo artesanal como exemplo de uma atividade que combina o desenvolvimento cultural e social nos territórios. “Quem trabalha com economia criativa de maneira séria é capaz de reverberar seu patrimônio, cultura e identidade até em nível internacional” disse, em referência ao reconhecimento que o queijo mineiro vem obtendo em concursos no exterior.

O especialista em Relação com a Comunidade e Institucional da Cedro Mineração, Marcus Mariani, destacou a importância de estar presente no Fórum, e do trabalho desenvolvido pela companhia em sintonia com as comunidades. “Participar desse evento é reforçar o compromisso da Cedro com o desenvolvimento local e a geração de valor compartilhado. Acreditamos na fertilidade do território quando dedicamos esforços em conjunto com a sociedade e as comunidades para crescermos e desenvolvermos juntos”.