O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (7) que o caso da criança de 3 anos do Pará não se trata de poliomielite, mas sim de Paralisia Flácida Aguda (PFA) suspostamente atribuível à Vacina Oral Poliomielite (VOP).

O caso de PFA foi notificado dois dias após a criança ser vacinada contra a pólio no município de Santo Antônio do Tauá. De acordo com o ministério, na caderneta de vacinação da criança não consta registro de vacina inativada poliomielite (VIP), que deve ser administrada anteriormente à VOP.

“Em geral, a vacina poliomielite oral (VOP) é bem tolerada, e muito raramente está associada a algum evento adverso grave. Destaca-se que o risco de paralisia flácida aguda com a VOP é muito raro e que quando a VOP é aplicada como reforço após o esquema básico com a vacina VIP esse risco é praticamente nulo”, afirma a pasta.

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Segundo o ministério, não há casos confirmados de poliomielite no Brasil desde 1989. A Campanha Nacional de Vacinação contra a doença foi encerrada na sexta-feira (30) com baixa adesão. A cobertura vacinal está em torno de 60%. As crianças de 1 a 4 anos devem receber a dose da VOP depois de três doses da VIP.

A poliomielite é causada por vírus que infecta crianças e adultos e em casos graves causa paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. A doença é transmitida por água e alimentos contaminados ou contato com pessoa infectada.