O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, minimizou nesta quinta-feira, 6, insatisfações na base aliada no Congresso e disse haver “muita confiança” na aprovação da reforma da Previdência, um dos principais pontos da agenda econômica do presidente Michel Temer.

Ao tentar destacar que a base está alinhada, Imbassahy afirmou que as votações recentes que desagradaram ao governo, como a que pode inviabilizar o serviço do Uber, são projetos com temas próprios de debate no Congresso. Interlocutores do presidente dizem que o texto aprovado nesta semana pelos deputados, se não for modificado pelo Senado, deve ter vetos de Temer.

Aliado do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou as dificuldades. “Até agora aprovou tudo”, disse. Segundo ele, o projeto de recuperação fiscal dos Estados não foi votado na quarta-feira, 5, porque a votação começou tarde e a obstrução da oposição estendeu muito a sessão. Para ele, mesmo a emenda da MP do Cartão Reforma e a PEC das universidades não foram derrotas. “Uma emenda o presidente veta e a PEC não era do governo.”

Abandono

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Temer falou da relação com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e sua investida para se aproximar da bancada do partido. “Não me sinto abandonado, não. Nós já propusemos coisas dificílimas no Congresso Nacional que tiveram aprovação muito expressiva”, disse, citando a PEC do Teto.

“Quando nós resolvemos cortar na própria carne, ou seja, estabelecer um teto para os gastos públicos, isso é uma emenda à Constituição que demandava 308 votos, nós tivemos 366 votos na Câmara dos Deputados, e tivemos igual porcentagem no Senado Federal”, disse o presidente. “Nós temos tido o apoio fechado do Congresso.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.