O Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira afirmou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 16, que o retorno do horário de verão está descartado em 2024, porém será reconsiderado no ano que vem. O ministro não indicou quando haverá uma decisão sobre o assunto em 2025.

Silveira disse que a avaliação levou em conta custos da medida, benefícios e impactos em outros setores. Ainda segundo o ministro, a desistência de adoção foi motivada pela constatação de que há segurança energética para o verão deste ano.

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O fim horário de verão, que estava em vigor desde 1931 no Brasil, foi determinado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em abril de 2019.

“Não será por falta de produção de energia firme, nem nos horários de ponta, que brasileiros e brasileiras deixarão de tomar seu banho quentinho”, disse o ministro, em referência a outras questões neoestruturas que podem impactar o fornecimento de energia, como os problemas de distribuição enfrentados em São Paulo.

“Se a nossa decisão fosse decretar agora, nós teríamos de fazer um planejamento mínimo para entrar só em meados de novembro. Então o custo-benefício seria muito pequeno”, comentou Silveira. Ele mencionou que no entanto chegou a notificar o setor aéreo para se preparar caso fosse necessário decretar retorno do horário de verão este ano.

O ministro defendeu ainda que a decisão a respeito do horário de verão “não é política, é uma decisão técnica”. Ele listou medidas de planejamento que teriam garantido a chegada ao final do ano com segurança energética.