18/04/2019 - 15:24
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, escolheu o general Décio dos Santos Brasil para substituir o general Marco Aurélio Costa Vieira no cargo de secretário especial do Esporte, área que está sob o guarda-chuva do Ministério da Cidadania.
A nomeação de Décio dos Santos Brasil deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias. A demissão de Marco Aurélio Costa Vieira saiu no DOU desta quinta-feira, 18. A indicação de Décio dos Santos Brasil para comandar a Secretaria do Esporte passou pela tutela do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que também são generais. Ao fim, segundo fontes, o próprio presidente teria chancelado o nome dele para a secretaria.
A relação entre o ministro Osmar Terra e o então secretário Marco Aurélio Costa Vieira não estava muito boa. Na semana passada, o ministro não gostou de saber que o subordinado se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro sem comunicá-lo. Marco Aurélio atuou como diretor-executivo de Operações dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. General da reserva do Exército desde 2002, foi também o diretor-executivo do Revezamento da Tocha Olímpica em 2016. Ele ficou 107 dias à frente da Secretaria Especial do Esporte.
Na semana passada, o ministro Osmar Terra tentou minimizar as especulações e disse que “por enquanto” não haveria mudança. “Precisamos botar o bloco na rua. Nossa dificuldade é juntar três ministérios em um e fazer funcionar lá na ponta. Não tem de ficar mudando secretários. Tem é de fazer eles trabalharem e todos estão”, afirmou, reconhecendo, no entanto, que “há um jogo de interesses, de bastidores”, sem especificá-los.
O general Marco Aurélio Vieira esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro no último dia 8, sem a presença do ministro. Osmar Terra, por sua vez, esteve com Bolsonaro no fim da tarde do mesmo dia. “Ele tinha uns assuntos dele, específicos, para tratar com o presidente”, desconversou o ministro na ocasião.
As mudanças na pasta começaram a ser discutidas no contexto da ampliação da base partidária do governo no Congresso, no momento em que o Palácio do Planalto tenta conseguir os votos necessários para a aprovação da proposta de reforma da Previdência.