A MMX, de Eike Batista, informou, na quarta-feira 20, que sua unidade industrial em Serra Azul. Minas Gerais, concederá férias coletivas de 30 dias, a partir de setembro, aos funcionários envolvidos na extração de minério de ferro. Segundo a companhia, a paralisação deve-se à queda dos preços do minério e a “restrições operacionais do órgão ambiental de Minas Gerais”. A empresa vai mudar sua estratégia, privilegiando operações que geram caixa, e cortará custos. O anúncio repercutiu mal. Na segunda-feira 18, a Bolsa divulgou a segunda prévia do Ibovespa e as ações saíram do índice. Mais tarde, a mineradora desmentiu especulações de que pediria recuperação judicial. Na quinta-feira 21, seus papéis fecharam a R$ 0,94, queda de 35,2% no mês.

Touro x Urso

O cenário eleitoral e a economia internacional continuam determinando o direcionamento do mercado, e esses vetores devem manter sua dominância ao longo das próximas semanas.

Energia

Eletrobras paga as contas

A Eletrobras fechou um acordo com a BR Distribuidora para pagar R$ 452 milhões referentes a dívidas das empresas de energia do Amazonas e do Acre, grandes consumidoras de óleo combustível para as usinas térmicas. A dívida da Eletrobras com a BR é de R$ 4,8 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões já foram equacionados. No ano, as ações da Eletrobras subiram 30,7%.

Autopeças

Receita da Fras-Le sobe 2,2% em julho

Depois de amargar uma redução de 3% no segundo trimestre, a receita da Fras-le, fabricante de lonas e pastilhas de freio, subiu 2,2% em julho. A companhia controlada pelo grupo gaúcho Randon faturou R$ 63,1 milhões. Entre janeiro e julho, o avanço foi de 8,7%, para R$ 442,2 milhões. Já a receita bruta da empresa presidida por Daniel Raul Randon totalizou R$ 598,3 milhões no mesmo período. Apesar da recuperação, as ações ainda registram uma queda de 10,9% no ano.

Carne

JBS arrendará três abatedouros

A JBS obteve, na quarta-feira 20, autorização do Cade para arrendar três abatedouros do frigorífico Rodopa em São Paulo, Goiás e no Mato Grosso do Sul. Proibida de fazer novas aquisições, a JBS teve de pedir permissão para alugar as unidades. A capacidade de abater e preparar bovinos deverá aumentar em 5%. Isso animou as ações, que subiram 11,8% em agosto.

Concessões

CCR capta R$ 500 milhões

A CCR Autoban, controlada pela CCR anunciou, na segunda-feira 18, que pretende captar R$ 500 milhões para rolar dívidas e investir. A empresa conseguiu uma liminar judicial para reajustar seus pedágios pela inflação, acima do índice definido pelas autoridades paulistas. Mesmo assim, as ações da CCR subiram apenas 6,1% no ano.

Destaque do pregão

Analistas apostam na Usiminas

O setor siderúrgico tem apresentado um desempenho ruim na Bolsa. As ações amargam uma queda média de 38% no acumulado do ano. Tanta desvalorização gerou oportunidades de compra. Um relatório do Credit Suisse, da terça-feira 19, obtido com exclusividade por DINHEIRO, avalia que o setor ainda terá de enfrentar um crescimento sofrível no Brasil e na China neste ano, e que a visibilidade para 2015 é fraca. Os analistas do banco avaliam que o cenário para aços planos, destinados à produção de chapas, é mais favorável que o cenário para aços longos, usados principalmente na construção civil. Por isso, para eles, a melhor aposta do setor é a Usiminas. As empresa presidida por Julián Eguren deverá incrementar suas exportações no segundo semestre, melhorando o faturamento e os múltiplos. As cotações recuaram 43% no ano, e as ações têm maiores chances de avançar.

Palavra do analista:
segundo Ivano Westin e Renan Criscio, do Credit Suisse, a siderúrgica tem uma boa capacidade exportadora, e deverá ser a mais beneficiada do setor no caso de uma desvalorização cambial.

Mercado em números

Cetip
R$ 324,5 bilhões –
É o estoque de Letras Financeiras registradas na empresa no fim de julho, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Sabesp
R$ 780 milhões –
Foi o lucro líquido da empresa de saneamento do Estado de São Paulo, uma queda de 9,1% ante o mesmo período de 2013, mas considerado melhor que o previsto.

CPFL Energia
R$ 341,1 milhões –
Foi o lucro líquido da empresa de energia no primeiro semestre, um crescimento de 19,8% em relação ao mesmo período do ano passado, considerado em linha com as expectativas.

Suzano
R$ 298,2 milhões –
Foi o lucro líquido da empresa de papel no primeiro semestre de 2014. Embora tenha revertido um prejuízo de R$ 205,6 milhões em 2013, o resultado ficou abaixo do previsto pelo mercado.

CSN
63,1 milhões –
É o total de ações a ser adquirido no sexto programa de recompra anunciado pela siderúrgica. O montante equivale a 10% do total em circulação no mercado, conhecido como free float.


Colaborou: Natália Flach