A empresa americana do setor de biotecnologia Moderna anunciou, nesta quinta-feira (28), que apresentou um pedido de autorização nos Estados Unidos para que sua vacina contra a covid-19 possa ser administrada em crianças com idades entre seis meses e até seis anos.

Os menores de seis anos são o único grupo etário que não teve, até agora, acesso às vacinas anticovid nos EUA e em muitos outros países.

“Acreditamos que (esta vacina) poderá proteger essas crianças, de maneira segura, o SARS-CoV-2, o que é tão importante em nossa luta contínua contra a covid-19 e será especialmente bem-recebida pelos pais e cuidadoras”, disse o CEO da empresa, Stephane Bancel, em um comunicado.

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Em março, a Moderna anunciou os resultados de um estudo que demonstrou que o regime de duas aplicações do imunizante é seguro e produz uma forte resposta imunológica.

Observou-se que duas doses de 25 microgramas administradas em bebês, crianças pequenas e em idade pré-escolar geraram níveis similares de anticorpos que duas doses de microgramas aplicadas a jovens entre 18 e 25 anos, proporcionando níveis similares de proteção contra os casos graves do doença.

O teste incluiu 4.200 crianças entre dois e seis anos, e 2.500 bebês, entre seis meses e dois anos.

A Moderna constatou, no entanto, uma eficácia relativamente baixa para enfrentar a infecção. A eficácia da vacina em crianças de seis meses a dois anos foi de 51%, e de 37%, no grupo etário de entre dois e cinco anos.

No momento, a gigante farmacêutica afirmou que está estudando as doses de reforço para crianças de todas as idades. A menor eficácia das duas doses pode, contudo, representar um obstáculo para a autorização.

Em fevereiro passado, a FDA, agência que regula o setor de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, adiou a reunião com um grupo de especialistas para avaliar a vacina anticovid da Pfizer/BioNTech para crianças menores de cinco anos, alegando que queria analisar os dados sobre o rendimento das três doses antes de estudar o assunto.