O dólar operou perto da estabilidade ante os principais rivais, em sessão na qual o euro seguiu repercutindo o posicionamento do Banco Central Europeu (BCE) na última decisão de política monetária, especialmente quanto ao forward guidance da autoridade. As atenções se voltam agora para o Federal Reserve (Fed), que tem sua decisão de política monetária na próxima semana. Entre os emergentes, o dólar avançou ante o rublo russo e o rand sul-africano, repercutindo posições recentes dos bancos centrais locais.

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O DXY teve alta de 0,10%, aos 92,912 pontos. Seu principal componente, o euro avançava a US$ 1,1776 no fim da tarde em Nova York, praticamente estável, enquanto a libra recuava a US$ 1,3755 e o dólar subia a 110,54 ienes.

O euro chegou a recuar diante da leitura de que a mudança no forward guidance do BCE para refletir a nova meta de inflação anual a 2% tornou sua política monetária um pouco mais “dovish”. No entanto, ao longo da sessão, o ativo ficou mais perto da estabilidade. De acordo com a Western Union, o euro aproximou-se de mínimas em três meses e meio em relação à divisa dos EUA. Em contraste com o BCE, o Fed na próxima semana provavelmente acelerará as negociações sobre a redução do estímulo, à medida que a maior economia do mundo ganhe força, aponta a consultoria. “Um BCE dovish que colide com um Fed hawkish na próxima semana pode sugerir que a queda do euro pode estar apenas no começo”, projeta a Western Union.

Já o ING acredita em um dólar “suave” na próxima semana. “Apesar das preocupações de restrições em outras partes do mundo alimentadas pela variante delta, esperamos que o Fed tenha de lidar com as realidades de crescimento e inflação acima da tendência”, avalia. Embora possa não especificar exatamente quando está pronto para a retirada da estímulos, o tom “em geral deve apoiar a visão de que o tapering deve surgir no quarto trimestre deste ano”, com a possibilidade de um primeiro aumento de juros no quarto trimestre de 2022.

A libra, por sua vez, foi “subjugada” hoje, segundo a Western Union, levando a uma queda para perto das mínimas em cinco meses em relação ao dólar, segundo a consultoria. Hoje, houve sinais de moderação na atividade no Reino Unido, na avaliação do ING.

O rublo russo enfraqueceu ante o dólar após o Banco Central da Rússia elevar em um ponto porcentual a taxa básica de juros no país, a 6,5%, mas segundo a Capital Economics também indicar em sua comunicação que o ciclo de aperto “está se aproximando do fim”. No fim da tarde, a moeda americana era cotada a 73,769 rublos. Depois da manutenção dos juros ontem pelo Banco Central da África do Sul, o rand seguiu se desvalorizando hoje, e o dólar era cotado a 14,8551 rands.