O dólar se fortaleceu nesta terça-feira, em sessão marcada pela fraqueza do iene, após decisão do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). Além disso, investidores se posicionavam para o anúncio de política monetária desta quarta-feira do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,74 ienes, o euro caía a US$ 1,2090, praticamente estável, e a libra recuava a US$ 1,3906, também bem perto da estabilidade. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas principais, subiu 0,11%, a 90,909 pontos.

O iene mostrou fraqueza, após o BoJ manter a política monetária, como esperado, mas reiterar sua promessa de adotar medidas adicionais, se preciso. O banco central japonês ainda projetou que a inflação seguirá fraca no país nos próximos anos.

O ING diz que, no curto prazo, o principal fator para o câmbio entre o dólar e o iene é a direção do juro da T-note de 10 anos. O banco considera que o iene tem por enquanto mostrado mais estabilidade em abril.

O índice DXY ainda teve um dia de recuperação, após perdas recentes do dólar e na véspera da decisão do BC americano. A Western Union afirma que, se o Fed reafirmar que os juros seguirão baixos, isso deve manter os juros dos Treasuries e o dólar ancorados.

Com uma retomada econômica forte nos EUA à vista, porém, ela adverte que uma postura mais otimista do BC pode sinalizar que está mais perto o início da retirada de estímulos, “um cenário que poderia impulsionar tanto os retornos dos bônus quanto o dólar”.

Já o Wells Fargo afirma que prevê no curto prazo viés de alta modesta para o dólar. No mais longo prazo, o banco diz acreditar que o dólar pode ficar mais fraco, com o Fed hesitante em fazer mudanças significativas em sua política monetária, mesmo diante da melhora na perspectiva econômica.