18/09/2025 - 17:13
O dólar subia ante as principais moedas fortes nesta quinta-feira após os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA terem queda maior que o esperado na semana passada, sinalizando resiliência do mercado de trabalho americano – o que pode, eventualmente, deixar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais cauteloso sobre a dose e frequência do ciclo de flexibilização monetária iniciado ontem.
Neste fim de tarde, o dólar subia 147,92 ienes e o euro cedia a US$ 1,1787. A libra se desvalorizava a US$ 1,3552, deixando em segundo plano a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de manter juros inalterados em setembro. A moeda americana também caía a 17,3629 rands sul-africanos, após o BC da África do Sul manter juros em 7%, mas sinalizar que reduções futuras dependerão do retorno e estabilização da inflação. O índice DXY subiu 0,49%, aos 97,348 pontos.
Nos EUA, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos caiu 33 mil na semana até 13 de setembro, a 231 mil, em um resultado que ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 242 mil solicitações, ajudando a impulsionar o dólar nesta quinta-feira.
Para o Rabobank, a divisa americana pode se recuperar no curto prazo se os especuladores encerrarem as apostas contra a moeda após a reunião do Fed de ontem. O BC reduziu os juros em 25 pontos-base, como esperado, mas o tom de Jerome Powell não demonstrou uma urgência para mais cortes que alguns esperavam, acrescenta o banco.
O ING, por outro lado, acredita que a decisão do Fed será negativa para o dólar, já que, apesar do tom cauteloso de Powell, o comitê mudou claramente para uma postura dovish. “Esperamos que o dólar ceda nos próximos dias”, pontua o banco holandês.