Em dia de agenda cheia, o dólar avançava ante moedas de países desenvolvidos perto do fechamento de Nova York nesta quinta-feira, 17. A moeda norte-americana se beneficia da apreensão em relação ao conflito Oriente Médio, e também da desaceleração do crescimento da China, além de dados econômicos positivos nos EUA.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,20%, a 103,795 pontos. O dólar se valorizava a 150,22 ienes neste fim de tarde, enquanto o euro cedia a US$ 1,0830, e a libra subia a US$ 1,3012.

Em sinal de resiliência da economia americana, o mercado, por volta das 17h, ainda via como majoritária a chance de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros em 25 pontos-base em novembro (88,3%), conforme ferramenta de monitoramento do CME Group. Porém, o mercado ampliou a probabilidade de manutenção das taxas de 6,3% para 11,7%, após a rodada de indicadores dos EUA hoje, que incluiu leitura de vendas no varejo, produção industrial, pedidos de auxílio-desemprego e sentimento das construtoras americanas.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) cortou juros em 25 pontos-base, conforme amplamente esperado por analistas. O BCE não apresentou grandes surpresas e os mercados foram mais influenciados pelos números de vendas no varejo dos EUA e pelos dados de pedidos de auxílio-desemprego mais baixos do que o previsto, disseram os estrategistas da TD Securities em uma nota. “Embora os mercados pareçam bem precificados para a trajetória do BCE, não estamos muito otimistas em relação ao euro, dados os riscos de fragmentação e a falta de motores de crescimento”, afirmam.

As crescentes perspectivas de uma vitória do candidato republicano Donald Trump nas próximas eleições presidenciais também podem estar ajudando a elevar o dólar e aumentando a pressão de venda sobre o euro, dizem analistas do banco ING em uma nota, pois o ressurgimento do ‘trump Trade’ provavelmente também está desempenhando um papel nos mercados de câmbio.