O dólar ganhou força contra seus principais pares globais nesta sexta-feira, 6, impulsionado pela percepção de alívio nas tensões comerciais entre Washington e Pequim e sobretudo pelo relatório oficial de emprego dos Estados Unidos, que surpreendeu ao mostrar criação líquida de postos de trabalho em maio acima das expectativas do mercado.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,45%, a 99,190 pontos. Na semana, o DXY acumulou queda de 0,24% Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar subia para 144,82 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1401 e a libra era negociada em baixa, a US$ 1,3529.

Para os analistas do MUFG, o impulso dos dados de emprego sobre o dólar pode ser limitado, pois os detalhes payroll revelam algumas fraquezas. O panorama geral ainda é “consistente com um mercado de trabalho em desaceleração”, afirmam. Houve revisões significativas para baixo em meses anteriores. A criação de empregos também dependeu fortemente dos setores não cíclicos de saúde e educação, dizem os analistas.

Dados recentes sobre a criação de empregos no setor privado e pedidos semanais de auxílio-desemprego no país foram fracos.

Ainda sobre os dados do payroll, Nicholas Hyett, gestor da Wealth Club, destaca em nota que o crescimento dos salários também foi maior que o esperado, o que sugere que a economia americana está muito saudável. Cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed) nos próximos meses parecem menos prováveis, diz Hyett.

Antes da divulgação do relatório, o índice DXY já mostrava alguma recuperação devido à conversa por telefone do presidente Donald Trump com seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Nas trocas com moedas emergentes, o dólar era cotado a 85,795 rupias indianas, perto das 16h50 (de Brasília), ante 85,800 no mesmo horário da sessão anterior, após o Banco Central da Índia surpreender com corte da taxa de juros de 0,50 ponto porcentual, mais profundo do que o esperado, para proteger a economia.

*Com informações da Dow Jones Newswires