O dólar operou em alta nesta quarta-feira, 19, frente às principais moedas, impulsionado por sinais de que o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros inalterados em dezembro.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,68%, a 100.228 pontos. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar subia a 156,984 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,152 e a libra perdia a US$ 1,305.

O avanço do dólar ganhou força após o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA (BLS) informar que o payroll – que normalmente orienta as expectativas sobre a economia e a política monetária – de outubro não será divulgado. Após a notícia, a probabilidade de manutenção dos juros subiu de 51,4% para 70,4% no fim da tarde, segundo a ferramenta CME FedWatch.

A moeda também acelerou ganhos após a ata da reunião de novembro do Fed mostrar um comitê dividido na decisão de reduzir a taxa de juros. “A ata da reunião do Fomc que terminou em 29 de outubro foi excepcionalmente direta, alertando que ‘muitos’ participantes achavam apropriado manter as taxas inalteradas pelo resto do ano”, afirmou o economista-chefe para a América do Norte da Capital Economics, Paul Ashworth.

Em outras moedas, o iene caiu à mínima em 10 meses, em meio a expectativas de que o novo governo da primeira-ministra Sanae Takaichi apresentará um pacote de gastos robusto. Já a libra esterlina se desvalorizou com a queda da inflação ao consumidor no Reino Unido, que ampliou as apostas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).

Também segue no radar a divulgação, ainda nesta quarta, dos resultados do terceiro trimestre da Nvidia. “Se esses resultados forem extremamente bons ou extremamente ruins, obviamente o impacto para o mercado cambial será muito considerável”, disse o estrategista de câmbio do ING, Francesco Pesole.