O dólar retomou a trajetória de alta nesta terça-feira, 15, após cinco sessões consecutivas de queda, com o DXY, que mede a variação da moeda norte-americana ante um cesta de seis pares fortes, voltando à marca dos 100 pontos. A recuperação da moeda americana foi impulsionada por dados acima das expectativas de atividades nos EUA e pelo fôlego robusto ante o euro após deterioração do índice de expectativas econômicas na Alemanha.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,51%, para 100,151 pontos. A moeda americana se valorizava para 143,20 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1287 e a libra esterlina era negociada em alta, a US$ 1,3227.

De acordo com analistas do Deutsche Bank, o dólar já acumulou queda superior a 9% desde a máxima em 52 semanas, registrada em janeiro. Para o banco, o maior risco de longo prazo é que o “bate-boca” de Trump com parceiros comerciais acabe minando a confiança internacional na moeda como reserva global.

Apesar da recente fraqueza, o dólar ainda é negociado cerca de 20% acima da sua média histórica em relação a outras moedas fortes, diz o economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius.

Na avaliação de Francesco Pesole, analista do ING, o euro parece sobrecomprado e ligeiramente sobrevalorizado frente ao dólar, mas ainda há espaço para que a moeda europeia amplie seus ganhos. “A alta liquidez do euro deve permitir que ele continue absorvendo a fuga de capitais dos ativos seguros denominados em dólar”, disse.

Pesole destaca ainda que a taxa de câmbio entre o dólar americano e o dólar canadense segue pressionada pelas incertezas nos mercados dos EUA. A cotação está cerca de 2% abaixo do seu valor justo de curto prazo. “Isso está completamente alinhado com o prêmio de risco idiossincrático no dólar devido à recente turbulência”, afirma.

Na Argentina, após a flexibilização de parte das regras cambiais, a taxa de câmbio oficial estava em 1.233,40 pesos nesta terça-feira, segundo o Ámbito Financiero. Quanto ao dólar Banco Nación, a moeda no varejo estava sendo negociada a 1.230 pesos, ante a banda de 1.000 a 1.400 pesos argentinos.

*Com informações da Dow Jones Newswires