O dólar se desvalorizou ante principais moedas pares nesta quarta-feira, 14, em uma acomodação da alta da terça-feira motivada pela inflação ao consumidor acima das expectativas nos Estados Unidos. Alguns analistas pontuaram que, independentemente do dado de um mês específico, a tendência geral ainda é de desaceleração da inflação no país. O dólar perdeu força inclusive ante o iene, após relatos de advertências de autoridades do Japão, que consideraram indesejável a recente depreciação da moeda japonesa.

No fim da tarde em Nova York, o dólar era cotado a 150,57 ienes. As principais autoridades cambiais do Japão advertiram, nesta quarta-feira, contra o que descreveram como movimentos rápidos e especulativos do iene.

O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse a repórteres que movimentos rápidos são indesejáveis para a economia, completando que as autoridades estão observando o mercado ainda mais de perto. Mais cedo, o vice-ministro para Relações Exteriores do Japão, Masato Kanda, disse que o país tomaria as medidas apropriadas em relação ao câmbio, se necessário.

Nesta quarta, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, argumentou que está “totalmente claro” que a inflação segue em queda. Para o Julius Baer, as próximas leituras inflacionárias devem justificar um primeiro corte juros em maio de deste ano.

Neste fim de tarde, o euro se valorizava a US$ 1,0729. Entre os dados divulgados hoje na região, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023. A produção industrial da zona do euro subiu 2,6% em dezembro ante novembro de 2023. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 0,2% no período.

O dólar seguiu firme ante a libra esterlina, que cedia a US$ 1,2563, depois que dados mostraram que a inflação no Reino Unido não acelerou em janeiro como esperado, o que pode tirar alguma pressão sobre o Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). A inflação no Reino Unido teve alta anual de 4,0% em janeiro, inalterada em relação a dezembro.