O dólar operou em queda ante os principais pares europeus nesta segunda-feira, 1º de setembro, em uma sessão de liquidez reduzida em razão do feriado do dia do trabalho nos Estados Unidos. Foi o começo de uma semana que terá como destaque a divulgação do relatório de empregos norte-americano de agosto na sexta-feira, o primeiro desde as mudanças promovidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no escritório responsável pelos dados. Na Europa, houve a leitura dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), enquanto há expectativa pela leitura de inflação na zona do euro e dos desdobramentos da crise política na França.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, operava em queda de 0,10%, a 97,670 pontos no fim da tarde. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro se valorizava a US$ 1,1715 e a libra tinha avanço a US$ 1,3550. A moeda americana tinha alta ante a japonesa, cotada a 147,17 ienes.

Na quarta-feira, há o relatório Jolts de abertura de vagas de emprego nos Estados Unidos, seguidos pelo ADP do setor privado na quinta-feira e, por fim, o importante payroll na sexta. “Foi o relatório de empregos de julho – e especialmente as revisões de 258 mil vagas nos meses anteriores – que reverteram a alta do dólar e foram o catalisador para o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, abrir caminho para um corte de juros em setembro”, lembra o ING.

“Se estivermos certos, os dados de emprego desta semana podem contribuir para a queda das taxas de juros de curto prazo dos EUA e do dólar. Mais uma vez, espere bastante foco nas revisões dos últimos meses”, afirma o banco. Os dados desta semana podem fazer com que o DXY rompa o suporte de 97,50 pontos, abaixo do qual apenas o suporte de 97,20 separa o DXY de um teste da mínima do ano, em 96,38 pontos, sugere.

Do lado da zona do euro, o foco estará nos dados de inflação de agosto, divulgados amanhã. O consenso prevê um terceiro mês com leituras anuais de 2,0% no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), embora os dados nacionais tenham divergido um pouco. “Acreditamos que há pontos negativos suficientes no dólar para que o euro seja negociado acima da resistência de US$ 1,1750 e dê à máxima do ano em US$ 1,1830 um bom teste”, projeta o ING.