24/09/2024 - 17:34
O dólar fechou em queda ante seus principais pares nesta terça-feira, após um dado de confiança do consumidor abaixo da expectativa do mercado provocar reprecificação da curva de juros americana. Moedas de países exportadores de commodities metálicas também performaram bem após a China anunciar pacote de estímulos.
O índice DXY, que mede a variação da moeda norte-americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em baixa de 0,47%, a 100,372 pontos. No fim do dia, marcou menor patamar intradiário desde julho de 2023, a 100,368. O dólar se depreciava a 143,20 ienes. O euro era cotado em alta, a US$ 1,1176, enquanto a libra se valorizava a US$ 1,3412. O dólar australiano, por sua vez, subia a US$ 1,451, depois que o BC do país manteve as taxas de juros inalteradas.
Após o Conference Board mostrar que o consumidor americano está menos confiante do que o previsto, preocupado com o arrefecimento do mercado de trabalho e com pressões inflacionárias, os juros dos Treasuries e o dólar passaram a cair na sessão, abrindo espaço, inclusive, para que investidores reforçassem aposta por novo corte de 0,5 ponto porcentual na reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Segundo o HFE, a leitura do indicador mostra que a saúde da economia americana é “mais preocupante do que se pensava”.
Para o Commerzbank, o euro pode avançar até US$ 1,15 em meados de 2025 se o Banco Central Europeu (BCE) reduzir as taxas de juros da zona do euro menos do que o esperado e de forma mais cautelosa que o Fed. As ponderações sobre diferencial de juros com a economia americana têm apoiado as moedas europeias nos últimos dias. Hoje, inclusive, a libra tocou máximas desde março de 2022 em mais uma sessão consecutiva.
O dólar também perdeu para moedas exportadoras de commodities metálicas na sessão, após a China anunciar pacote de estímulos. A divisa americana perdia 1,28% contra o peso chileno, a 910,71 pesos perto das 17h (de Brasília). No mesmo horário, o dólar recuava a 7,0318 yuans onshore e caía a 7,0112 yuans offshore. O ING entende que os estímulos contribuem para um “sentimento reflacionário”, o que é ligeiramente negativo para o dólar à medida que os investidores mudam para moedas mais pró-cíclicas e de mercados emergentes.
*Com informações da Dow Jones Newswires