O dólar operou em baixa nesta quinta-feira, 11, ante as principais moedas fortes, com o mercado cada vez mais convicto de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) abrirá um ciclo de cortes consecutivos de juros até o fim do ano, após dados revelarem aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego e inflação em linha com as expectativas nos EUA.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,25%, a 97,531 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro subia a US$ 1,1741, com traders digerindo a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de deixar juros inalterados. A libra operava em alta, a US$ 1,3580, e a moeda americana se valorizava a 41,2845 liras turcas, após BC da Turquia cortar juros a 40,5% ao ano.

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA saltaram 27 mil na semana até 6 de setembro, a 263 mil, superando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de 231 mil solicitações. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto ante julho, acima dos 0,3% esperados, e 2,9% no confronto anual, em linha com o previsto.

Assim, o dólar se enfraqueceu em meio a apostas sobre cortes nas taxas de juros pelo Fed, que deve retomar a flexibilização monetária com um corte de 25 pontos-base na próxima semana, segundo o BNP Paribas.

A divergência emergente entre as políticas monetárias do BCE e do Fed está se tornando um fator crucial para o câmbio, com os mercados prevendo um corte acumulado de 75 pontos-base nas taxas do BC americano até o final de 2025, enquanto o BCE é visto como tendo concluído seu ciclo de cortes, aponta a Sucden Financial.

*Com informações da Dow Jones Newswires