26/05/2025 - 17:08
O dólar recua frente às principais moedas globais nesta segunda-feira, 26, com investidores reagindo às decisões voláteis sobre tarifas e aos crescentes riscos fiscais nos Estados Unidos. A libra esterlina, por sua vez, sobe para o maior nível em três anos.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, cedia a 98,995 pontos, em pregão eletrônico devido ao feriado nos EUA. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar avançava para 142,79 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1386 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3563.
Na análise da ActivTrades, o dólar deve continuar sob pressão, à medida que os investidores diversificam suas carteiras. “Os investidores respondem à persistente incerteza política se desfazendo de ativos denominados em dólares”, afirmou a corretora.
O Commerzbank também destacou, em nota, que os comentários do presidente Donald Trump lembram aos mercados o caráter imprevisível e, por vezes, contraditório de suas decisões. Para o banco, investidores já começam a redirecionar recursos para a Europa e a Ásia, diante do risco crescente de recessão nos EUA.
Mais cedo, o DXY atingiu a mínima em um mês, a 98,694 pontos, após a decisão de Washington de adiar de 1º de junho para 9 de julho a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia.
A libra esterlina renovou o maior patamar em três anos frente ao dólar, impulsionada por resultados econômicos sólidos e por uma posição mais favorável do Reino Unido em relação às tarifas dos EUA, em comparação com outros países. “Embora houvesse temores de estagflação há algumas semanas, o cenário no Reino Unido agora parece mais promissor”, avaliou Michael Pfister, do Commerzbank. A moeda britânica chegou a US$ 1,3593.
Já os economistas do Goldman Sachs preveem uma valorização de cerca de 3% do yuan chinês frente ao dólar americano até o próximo ano. Eles citam como fatores a gestão cambial do Banco Popular da China e a tendência de continuidade da fraqueza do dólar no cenário global.
*Com informações da Dow Jones Newswires