O dólar registrou queda ante pares globais nesta quarta-feira, 15,após o diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Stephen Miran defender mais cortes de juros. Desdobramentos das tensões comerciais sino-americanas também ficaram no radar, depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, evitou descartar novas medidas retaliatórias.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,25%, a 98,793 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar subia a 151,28 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1641 e a libra avançava a US$ 1,3387.

De acordo com análise do ING, a moeda norte-americana já devolveu uma parte considerável do rali recente, com uma melhora no apetite de risco, a valorização do euro após um avanço na crise política da França e o discurso de ontem do presidente do Fed, Jerome Powell. Hoje, outros dirigentes discursaram, com o Miran apoiando novas reduções nos juros.

Apesar da queda nas chances de novas eleições legislativas na França, o Macquarie Group aponta que os ganhos do euro serão limitados pela instabilidade fiscal. Já o Societe Generale afirma que agora os mercados se voltam para o Fed e a disputa tarifária entre os Estados Unidos e a China, renovada com o anúncio de novas tarifas e críticas de Bessent.

O peso argentino caiu após o presidente dos EUA, Donald Trump, condicionar o apoio econômico prometido ao resultado das eleições legislativas do país, que acontecerão dia 26 de outubro. O ritmo de desvalorização, porém, arrefeceu após Bessent indicar possibilidade de um pacote de apoio de US$ 40 bilhões à Argentina. Trump e o líder da Argentina, Javier Milei, se encontraram ontem na Casa Branca. No horário citado acima, o dólar subia a 1.361,8970 pesos, enquanto o dólar blue era cotado em 1.450, segundo o Clarín.